Após um ano de embarque obrigatório, desembarquei para o 1 Distrito Naval. Encontrei-me com marujos que seis meses antes também desembarcaram para lá. A turma, recém chegada, foi distribuída. Dentre os dois setores que tínhamos que escolher, havia o policiamento e a garagem, ambos com privilégios. Este a possibilidade de não dar serviço noturno, bem como aos finais de semana. Aquele com uma escala folgada, de quatro por um. Ainda indeciso em relação à escolha, levei em conta o fato de estar estudando e optei, abdicando a oportunidade de conseguir uma carteira de motorista – pelo policiamento. As escolhas eram ótimas, mas levei em conta o fato de precisar terminar meu Ensino Médio.
    Durante minha estada por lá perdi boas oportunidades de fazer um pé de meia. Como, por exemplo, a Ilha de Trindade, onde eu ficaria  de seis meses, até um ano se quisesse e fosse atrás. Como disse antes, tirar uma carteira de motorista sem pagar um tostão próximo à pensão onde eu morava, bem perto da Casa do Marinheiro, local destinado para fazer os testes, quer teóricos quer práticos, com aulas gratuitas.
    Mas, de qualquer forma, não se pode abraçar o mundo com os braços e as pernas. Porque, se hoje, sou sargento foi graças a minha escolha. Afinal, o emprego é ótimo, basta um pequeno esforço. Foi a decisão mais acertada... Se hoje sou um sargento, foi     graça àquela decisão e à minha escolha.