O último domingo de férias era aquele. O cabo enfermeiro de plantão era Hemetério. O aluno Anastácio estivera de observação no isolamento, após diagnosticado com catapora. O aluno já saindo da quarentena, estava melhor e em breve seria liberado pelo médico. Devido a isso, começou a incomodar para ir a terra; quebrando portanto a quarentena indevidamente. Depois de encher a paciência do mais antigo, acabou conseguindo sua liberação.
  - Mas boy, quero ver você de volta na hora do silêncio! – Determinou o cabo ao aluno.
    Anastácio, feliz e satisfeito, foi ao alojamento e trocou o uniforme de faxina pelo de licença e ficou aguardando o toque do licenciado tocar. Aberto o toque pelo apito no boca de ferro foi para a formatura, prestou continência à bandeira e foi para o chão.
    Em Maranguape, colocou o paisano e foi para o som do Tasso e dado horário do ônibus para Fortaleza, decidiu ir farrear e não voltou, adiando para o dia seguinte o regresso de toda sua turma às seis horas da manhã.
    O cabo enfermeiro, aflito com as horas passando e sem ver o boy chegar, acendia um cigarro após o outro. O militar, de olho no relógio que, vagarosamente, avançava para as nove da noite, quando Anastácio deveria estar de volta, se desiludiu. ¨Ele não vai voltar¨, pensou consigo mesmo. Suas principais preocupações eram duas: se houvera uma tragédia com o aluno e o resultado da prova de sargento, na qual tinha passado. Apesar de tudo procurou dormir, apesar do desasossego, ele desligou a tv da enfermaria; após tomar um sonífero. Acordou o militar ao toque da alvorada e constatou que Anastácio não regressara ainda.¨Nada de Anastácio, onde andará este boy¨?
     Às quatro da manhã Anastácio acordou, pôs o uniforme de licença, despediu – se dos pais e foi pegar o ônibus que o levaria ao Centro de Fortaleza. Na maior despreocupação possível, chegou à praça da Estação e, sem pressa, pegou o caminho para a escola. Chegou em pouco mais de vinte minutos ao seu destino e apresentou – se ao contramestre de serviço. Em posição de sentido, prestando continência ao mais antigo, declarou:
     - Aluno Anastácio, regresso de terra, sem anormalidade! – liberado, foi para a enfermaria, esperar o café da manhã na cama do isolamento.