Em frente a uma frondosa árvore, o macaco e o elefante pararam para conversar.
- Olá, seu Elefante! O que faz por aqui? Veio se alimentar?
- Estou, caro Macaco, preparando-me para me recolher e deixar minha manada. Voltar para o local onde nasci e lá cumprir meu destino.
- Mas por quê, amigo véio? – indagou, curioso, o macaco.
- Estou ficando de idade. Minha memória não é mais a mesma de antes, acompanho os mais novos com dificuldade. As companheiras de manada não querem cuidar de mim. Estou solitário e triste!
- É uma pena, seu Elefante! A gente vai ficando velho, é assim mesmo, vai ficando solitário e desamparado. Esquecido por completo!...
- Mas, você pode me ajudar! Faça-me o favor de pegar aquela fruta que está ali, daqui não a alcanço. Sou grande, mas ela está muito alta para mim.
E assim foi o macaco até o galho mais alto da árvore para pegar a fruta. Só que não contava com um escorregão. E caiu ao solo. O elefante ao vê-lo desacordado, tentou fazê-lo voltar a si. Foi inútil. Diante da situação, com cuidado, pegou o macaco pela tromba e levou-o para o hospital.
Dias depois, o macaco estava recuperado. Tinha, porém, o rabo enfaixado. Na visita agradeceu o ao paquiderme.
- Não foi nada. É bom que me sinto útil...
Toda manada ficou sabendo do que tinha acontecido e o elefante, mesmo velhinho, passou mais alguns anos na companhia de quem estimava. Até que na volta de um banho de lama, foi cercado, atacado e morto por um grupo de jovens leões. Ele não conseguiu acompanhar a manada, que fugiu desesperada e não conseguiu salvá-lo. Seus companheiros o acompanhavam até o local onde tinha nascido.
MORAL: Devemos cuidar bem de nossos velhos, pois momentos, ao lado de quem amamos, são imprescindíveis.
Moysés Severo
Enviado por Moysés Severo em 04/07/2013